Enquanto torneiras secas ou jorrando lama ainda são realidade em muitas casas, os moradores de São João do Piauí vivem um cenário de abandono no abastecimento de água. A situação, que se arrasta há anos, pode ter uma virada com a chegada da Aegea, nova concessionária que substituirá a AGESPISA após licitação de R$ 1 bilhão. Mas a população, cansada de promessas, questiona: desta vez será diferente?
Falta de água constante: quando a exceção vira regra
Em São João do Piauí, ter água na torneira já é um privilégio, e quando ela aparece, muitas vezes vem turva, barrenta e imprópria para consumo. Famílias precisam se virar para as atividades diárias, enquanto aguardam uma solução definitiva.
Obras em estágio final, mas desconfiança permanece
Na última semana, o Governador do Estado esteve no município para vistoriar as obras da 2ª etapa do sistema adutor, um investimento de R$ 20 milhões que promete captar água do açude Jenipapo e levar água tratada para a zona urbana e comunidades rurais, como Casa de Pedra e Rocha Eterna.
Segundo informações, a obra está 98% concluída e deve começar a operar ainda em junho. Mas, para os sanjoanenses, que já ouviram inúmeras promessas ao longo dos anos, a espera é marcada por ceticismo.
Troca de concessionária trará mudanças reais?
Com a Aegea assumindo os serviços, há expectativa de melhorias na distribuição e qualidade da água. No entanto, a população sabe que novas empresas nem sempre significam soluções imediatas.
A pergunta que não quer calar: quando junho chegar, os moradores finalmente terão água limpa e regular, ou será apenas mais um capítulo de descaso na história do município?
Enquanto isso, São João do Piauí segue na torcida e na luta por um direito básico que, até agora, lhe foi negado.
Qualidade da água que saiu com frequência das torneiras